domingo, 30 de março de 2014

Não espere mudar o mundo. Mude apenas você!


Uma coisa que nunca devemos esquecer enquanto dependentes químicos é que não devemos acreditar que, por conta da nossa mudança de vida, as pessoas ao redor necessariamente mudarão também.

O mundo continua o mesmo, e olhe lá senão estiver piorando dia a dia.

A oferta para o consumo desenfreado de substâncias lícitas e ilícitas é crescente e explícito, o referencial de comportamento é imposto pela mídia televisiva e os considerados "normóticos" se deleitam nesse mar de satisfações momentâneas tanto quanto - e até mais que - nós quando nos encontrávamos na "ativa".

A diferença é que nós carregamos o estigma da dependência química e isso nos distancia do padrão aceitável de normalidade que protege as atitudes exageradas e desastrosas dessa parcela "normal" da sociedade.

Portanto, não espere que os seus entes mais próximos parem de beber ou se drogar por você não estar fazendo
mais o mesmo. Não imagine que eles vão parar de mentir, porque hoje você percebe que mentir não é saudável e denota um grande defeito de caráter. Não estranhe se eles cobrarem de você algo que eles mesmos não conseguem cumprir.

Não espere mudar o mundo. Mude apenas você.

Se seu entorno se transformar por isso, ótimo. Mas se não acontecer, conserve intacto seu novo ponto de vista e saiba recuar quando isso for necessário.

Ouvi relatos de companheiros que optaram pelo distanciamento de pessoas importantes em suas vidas por considerarem tais seres humanos prejudiciais à sua sobriedade, dentre elas, familiares.


Radical demais? Não sei.
Ainda acredito que nada nem ninguém tem o direito de colocar em risco a nossa sanidade.

Tudo é uma questão de autoconhecimento.

Hoje amanheci e me deparei com uma notícia triste. Uma companheira de batalha que conheci através desse blog tentou o suicídio. Por sorte, não teve sucesso. Porém, se encontra em uma U.T.I na cidade de Jaú, brigando pela vida, ou pela morte. 

Mas há dias vinha percebendo em suas postagens numa rede social um certo desconforto dela com relação às suas
relações interpessoais, e sua preocupação em se adaptar ao meio.

Não sei se essa pressão foi o estopim para tal atitude, mas devemos ficar atentos.

Resta agora torcer pelo restabelecimento dessa companheira, de quem prefiro preservar a identidade, mas que necessita muito de todas as nossas boas vibrações.

E entender que somos responsáveis pela nossa conduta e não pela do outro.

Só Por Hoje!



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