O que posso dizer desse domingo? Que é Carnaval?
Na verdade, isso pouco importa pra quem não cai na folia como eu e que só deseja estar distante das aglomerações para se proteger do impacto do caos que sempre assusta com seus estilhaços.
Mas, no período da tarde, tínhamos, minha esposa e eu, que renovar nossa carteirinha do Sesc para que pudéssemos comprar os ingressos para o show do Nando Reis, que será no próximo dia 13. Vinha falando da necessidade de comprar esses ingressos antecipadamente desde que eu estava ainda na Comunidade Terapêutica.
Imaginem minha cara de satisfação quando chegamos na recepção e um aviso enorme nos dava as boas-vindas: INGRESSOS DO NANDO REIS ESGOTADOS.
Bom, nem preciso dizer que tive que me controlar para não ter um ataque psicótico e acabar com o nosso dia. Pensei, relatei à Fernanda a importância de ter comprado os ingressos antes como eu havia falado e fiz uma uma proposta para que voltássemos ao clube um pouco mais tarde para assistirmos ao show de uma banda cover de The Doors e qual não foi minha cara quando ela disse num límpido e sonoro: "Não, nós não viremos!"
Haha! Eu realmente estava participando de uma dessas pegadinhas do João Kleber, não é possível....
Mais uma vez tive que explicar pra ela que eu não posso fazer só o que ela acha que eu devo fazer. Não!
Não quero ser controlado, não sou um bonequinho. Se ela tem vontades, eu também tenho, e às vezes elas são diferentes. Então, repeitemo-nas!
Mas, no fim tudo se resolveu com um bom e franco diálogo. Não posso perder de vista a condição codependente dela e muito menos minha condição.
Nesse mesmo passeio encontrei minha madrinha e ficou muito nítido o olhar dela no meu olhar, tentando testificar se eu estava mesmo bem. Rs!
Graças a Deus estou!
Na volta pra casa, decidimos deixar as frustrações de lado e nos divertimos horas com nossos jogos. Sim, eu e minha esposa gastamos horas nos dedicando aos jogos de investigação do tipo Scotland Yard. Sempre é muito engraçado!
Tiro desse dia que temos que trocar de sapatos com o outro, entender seu ponto de vista, seus medos, seus impulsos doentios. Pois pode ser que amanhã desejemos que ele faça isso por nós.
Só por Hoje eu não usei!
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