Começo relatando a super visita que recebi de dois dos meus companheiros de Comunidade Terapêutica, dos quais preservarei a identidade tomando a liberdade de citá-los aqui como Che Guevara e Robocop, apelidos esses que usávamos em nossas célebres partidas de futebol.
Quem convive comigo sabe que eu não sou muito bom em receber visitas, não me considero um bom anfitrião, canso fácil do excesso de atenção que geralmente necessita ser dispensada ao visitante e sempre acho que o convidado deveria ser mais independente. Quer água? Vá lá e pegue! Viu alguma fruta quer comer? Não faça cerimônias.
Mas, por algum motivo, eu fiquei realmente empolgado pela oportunidade de receber esses companheiros. Tanto que comecei a preparar as coisas para a recepção muito cedo, ajeitando a casa, confeccionando pães (arte que eu adoro exercer, por sinal), comprando refrigerantes e ficando visivelmente tenso.
O horário combinado era 16 horas. Às 15:45 tudo estava pronto e eu caminhava de um lado para outro, fumava um cigarro atrás do outro, até que minha esposa, com senso de observação aguçadíssimo e uma pitada e meia de extremo bom humor, disse: "Muito engraçado ver um adicto esperando outro. Pois o que está por vir dificilmente vai ser pontual. E o que espera, pelo seu natural imediatismo, quer que o outro chegue já". Ri muito com a descrição da cena.
Mas a tarde foi de muita energia positiva com esses
companheiros que não pestanejo aqui em chamá-los de amigos. Muita música, risadas, boas histórias, pães e coca-cola.
À noite, fui acompanhar minha esposa ao Centro Espírita, pois como trabalhadora da Casa. ela teria um compromisso lá. Fui só pra acompanhar.
Por isso estava eu lá relaxadão, ouvindo um rock n' roll enquanto os assistidos esperavam para serem atendidos. Num dado momento, para minha surpresa, numa leitura labial imagino ter associado os movimentos bucais de um dos trabalhadores com meu nome.
Penso: Puxa, estou vendo coisas!
Mas, para minha surpresa, ele diz mais alto o meu nome. "Mas, como assim? Eu não estou em tratamento espiritual, não nesse dia pelo menos...."
"Não importa, se direcione à câmara de passes", disse o senhor.
Conclusão: me esperava lá uma médium incorporada por uma entidade hiper do bem, que me deu um passe magnético muito power e me passou uma mensagem que até agora ecoa em meus ouvidos: "Você tem muitas coisas para realizar em prol do bem. Está na hora de trabalhar. Precisamos de pessoas com boa vontade, e isso sabemos que você tem."
Nem preciso dizer que pirei, né? Isso mexeu muito comigo. Foi demais! Coroou minha sexta-feira.
Me mostrou que tenho continuar permitindo-me experimentar a saída da minha zona de conforto.
Os relatos desse sábado merecem um post único, que será publicado amanhã. Aguardem!
Só por Hoje!
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